“Surfcasting”
Boas
pessoal!
Nas últimas
semanas algumas praias da Costa Sul foram presenteadas por boas ondulações que
têm proporcionado algumas jornadas de pesca àqueles que andam mais atentos.
Esta jornada
bem recente começou logo pela manhã bem cedo para aproveitar a ondulação que
estava, uma manhã negra a prometer chuva, ou seja; um dia lindo e quase
perfeito se não fosse mais uma vez o vento forte que se fazia sentir
acompanhado de rajadas.
Quando
cheguei à praia já lá se encontrava um pescador com três canas e pelo que
percebi não dava conta delas, não pela actividade do peixe mas sim porque o
vento dificultava a tarefa e o mar ainda com força por baixo enrolava os
estralhos, na minha opinião mais canas não significa mais peixe, muitas vezes
só atrapalha, servem sim para manter o pescador mais ocupado em momentos de pouca
actividade e que seriam uma seca, passei por ele cumprimentei-o e respondeu-me
quase por obrigação, para a próxima não te digo nada pensei eu cá para mim,
reparei que o gajo tinha uma caixa cheia de chumbadas de todas as cores que
aquilo mais parecia o estojo de canetas de feltro de um miúdo da escola
primária (Claro que cada um pesca como gosta e com o material que gosta, no
entanto acho piada certas manias modernas que o pessoal adopta para tentar apanhar
mais peixe)
Bom, mas
como eu gosto de pescar é sozinho afastei-me um bocado para o lado esquerdo da
praia e montei as minhas duas canitas nas calmas ao mesmo tempo que tentava
ignorar o vento que me gritava aos ouvidos que não ia ter um dia nada fácil,
mas isso já eu sabia, pois tinha visto nas previsões que ia ter vento o dia
todo. A maré estava quase cheia quando comecei a pescar e não havia sinal de
peixe, nem a tal roama que costuma triturar as iscas andava por lá, as iscas
iam e vinham perfeitas.
O primeiro
sargo e para meu espanto saiu já com quase meia vazante, quando vou à outra
cana tinha lá outro e a partir daí em uma média de cada dois lançamentos lá
vinha um, era tudo Sargos bons o que me deixou muito satisfeito, pois antes disso
já antevia uma pesca fraca.
Os
lançamentos tinham de ser longos para tentar chegar o mais fora possível, o que
não era tarefa fácil devido ao vento, no entanto a cada lançamento que fazia
esforçava-me ao máximo que conseguia para tentar meter a pesca por detrás da
rebentação, ter boas linhas nos carretos em dias destes é fundamental.
Assim como
apareceram também desapareceram, como ainda tinha algum isco para gastar fui
ficando a ver se pingava mais algum dos bons, mas não; já no final saíram dois
pequenotes que apesar de terem medida legal foram devolvidos, pois já tinha uma
pesca bonita e aqueles dois só iam desfigurar a pesca que já estava feita, os
pequenos de hoje são os grandes de amanhã, mas entre as redes do profissionais
e pescadores lúdicos inconscientes, têm de ter muita sorte para poderem chegar
a um bom tamanho.
No final o
resultado foi este, uma caixa bem composta de bons Sargos entre as 600/800g
e o maior com 1kg
Um saco de lixo e a
luta continua.
Mais uma ida
à maré aqui na Ria Formosa, estas já são de outra raça 😉
Lá tive que papar um logo ao jantar 😋 um gajo tem de comer alguma coisa 😉
Quando cheguei
a casa já elas estavam à minha espera, parece que adivinham, tomara muitos cães
de caça terem o olfacto destes bichos.
Palpita-me
que o inverno se está despedir aqui no Sul, pelo menos as previsões para os
próximos dias assim o indicam, mais cedo ou mais tarde era inevitável.
Pessoal por
hoje é tudo, saúde e força aí…