sexta-feira, 26 de abril de 2019

Abril Sargos Mil

“Surfcasting”
Boas pessoal!
Nas últimas semanas algumas praias da Costa Sul foram presenteadas por boas ondulações que têm proporcionado algumas jornadas de pesca àqueles que andam mais atentos.


Esta jornada bem recente começou logo pela manhã bem cedo para aproveitar a ondulação que estava, uma manhã negra a prometer chuva, ou seja; um dia lindo e quase perfeito se não fosse mais uma vez o vento forte que se fazia sentir acompanhado de rajadas.


Quando cheguei à praia já lá se encontrava um pescador com três canas e pelo que percebi não dava conta delas, não pela actividade do peixe mas sim porque o vento dificultava a tarefa e o mar ainda com força por baixo enrolava os estralhos, na minha opinião mais canas não significa mais peixe, muitas vezes só atrapalha, servem sim para manter o pescador mais ocupado em momentos de pouca actividade e que seriam uma seca, passei por ele cumprimentei-o e respondeu-me quase por obrigação, para a próxima não te digo nada pensei eu cá para mim, reparei que o gajo tinha uma caixa cheia de chumbadas de todas as cores que aquilo mais parecia o estojo de canetas de feltro de um miúdo da escola primária (Claro que cada um pesca como gosta e com o material que gosta, no entanto acho piada certas manias modernas que o pessoal adopta para tentar apanhar mais peixe)


Bom, mas como eu gosto de pescar é sozinho afastei-me um bocado para o lado esquerdo da praia e montei as minhas duas canitas nas calmas ao mesmo tempo que tentava ignorar o vento que me gritava aos ouvidos que não ia ter um dia nada fácil, mas isso já eu sabia, pois tinha visto nas previsões que ia ter vento o dia todo. A maré estava quase cheia quando comecei a pescar e não havia sinal de peixe, nem a tal roama que costuma triturar as iscas andava por lá, as iscas iam e vinham perfeitas.

O primeiro sargo e para meu espanto saiu já com quase meia vazante, quando vou à outra cana tinha lá outro e a partir daí em uma média de cada dois lançamentos lá vinha um, era tudo Sargos bons o que me deixou muito satisfeito, pois antes disso já antevia uma pesca fraca.

Os lançamentos tinham de ser longos para tentar chegar o mais fora possível, o que não era tarefa fácil devido ao vento, no entanto a cada lançamento que fazia esforçava-me ao máximo que conseguia para tentar meter a pesca por detrás da rebentação, ter boas linhas nos carretos em dias destes é fundamental.

Assim como apareceram também desapareceram, como ainda tinha algum isco para gastar fui ficando a ver se pingava mais algum dos bons, mas não; já no final saíram dois pequenotes que apesar de terem medida legal foram devolvidos, pois já tinha uma pesca bonita e aqueles dois só iam desfigurar a pesca que já estava feita, os pequenos de hoje são os grandes de amanhã, mas entre as redes do profissionais e pescadores lúdicos inconscientes, têm de ter muita sorte para poderem chegar a um bom tamanho.


No final o resultado foi este, uma caixa bem composta de bons Sargos entre as 600/800g e o maior com 1kg



Um saco de lixo e a luta continua.


Mais uma ida à maré aqui na Ria Formosa, estas já são de outra raça 😉


Lá tive que papar um logo ao jantar 😋 um gajo tem de comer alguma coisa 😉


Quando cheguei a casa já elas estavam à minha espera, parece que adivinham, tomara muitos cães de caça terem o olfacto destes bichos.

Palpita-me que o inverno se está despedir aqui no Sul, pelo menos as previsões para os próximos dias assim o indicam, mais cedo ou mais tarde era inevitável.

Pessoal por hoje é tudo, saúde e força aí… 

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Ovinhos da Páscoa

 “Surfcasting”
Boas pessoal!
Estando na época da Páscoa, altura do ano em que não me entusiasma nada ir à pesca, pois são as duas semanas que mais se parecem com o mês de Agosto aqui no Algarve, é gente por todo lado e como muitos de vós já devem ter percebido não gosto de confusão… 


No entanto com a primeira semana da Páscoa a fazer uns dias lindos de chuva e vento aproveitei e arrisquei fazer uma jornada de surfcasting, com a confusão que se fazia sentir devido à falta de combustível e sem se saber ainda bem no que aquilo ia dar, pensei que houvesse pouca gente a deambular por aí. Levam o tempo todo a reclamar do preço dos combustíveis e naqueles dias que não havia gota e podiam aproveitar para poupar uns trocos foi o caos total.
Eu quero lá saber que não haja combustível, eu ficava preocupado era se não houvesse vinho hahahha…


Esta jornada começou com algum vento que foi diminuindo de intensidade ao longo da manhã, houve momentos de algumas pancadas de chuva mas com abertas pelo meio, no final ainda apareceu o sol que espreitou por entre as nuvens e nada de pescadores, mesmo como eu gosto. 


Os Sargos foram os protagonistas desta jornada, não foram muitos mas estavam bonitos e cheinhos tal como os ovinhos da Páscoa, neste dia apesar de haver alguma roama= (peixe miúdo) até se pescava bem e só devolvi uma bailinha.


Fui ali dar uma porradinha e trouxe os ovinhos da Páscoa.


Para mim a Páscoa sem folar não é Páscoa e folar sem ovo não é a mesma coisa, logo não podia fazer uma pesca nesta altura do ano sem levar o bendito folar com ovo, um gajo tem de comer alguma coisa.


Hahahahaha… Já sei o que vocês estão a pensar 😃 nada disso, estas foram oferecidas… Um gajo tem de comer alguma coisa 😋


Neste dia como havia favas e tinha também aqui algum isco para gastar apanhado por mim e como isco com favas não combina lá muito bem fui ali ao quintal apanhar alguma coisa que desse para fritar e comer com as favas empurradas por um copo de vinho, neste spot já era de esperar que o peixe fosse pequeno, retive-o todo dentro de um saco de rede até ao final da pesca e em oito capturas aproveitei apenas quatro para as sopas, um gajo tem de comer alguma coisa 😉


Um dia destes com boas marés resolvi dobrar as costas numa regueira que eu conheço bem aqui na Ria Formosa e andei por lá um par de horas entretido, neste dia dediquei-me às ameijoinhas…  Ir à maré apanhar um mariscote sempre dá para limpar a cabeça com o ar da ria e sujar os pés com o lodo 😊


Pessoal por hoje é tudo.
Saúde e força aí.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Coelhinho da Páscoa

“Spinning”
Boas pessoal!
O mar um dia destes deu uma quebra e eu não queria desperdiçá-la, a porra é que coincidia com o fim-de-semana que são os dias que metem mais gente na pesca, uma vez que grande parte dos pescadores andam em sangue para apanhar douradas lembrei-me que todos os bons cantinhos de areia deveriam estar ocupados neste dia por pescadores de surfcasting, como não sou adepto de pescar às douradas nesta altura do ano resolvi debruçar-me sobre o spinning e pensar em algum spot que desse para lançar umas amostras tranquilo sem ninguém me chatear.


Decidi então ir espreitar uma zona que ainda não tinha pescado lá esta temporada, zona de laredos e muita pedra, logo não frequentada por pescadores de surfcasting, quando cheguei estive ali uns minutos a olhar para as condições do pesqueiro e não gostei do que os meus olhos viam, pensei então que o melhor seria não me acomodar a este spot e procurar um que apresentasse melhores condições. Andei umas centenas de metros e lá estava o pesqueiro seguinte, este sim; fazia uma pequena coroa de areia por fora e tinha feição de entrar ali algum peixe comprido.


A beleza incomparável destes pesqueiros.

Desci o laredo ao final do dia auxiliado por alguns cabos já instalados por mariscadores que frequentam a zona, montei a cana e andei por ali a “pentear” o mar com várias amostras a ver se dava com algum Robalo jeitoso, só pensava na coroa que tinha visto lá de cima e no bom aspecto que o spot tinha para entrar ali pelo menos um peixe que fosse.
Os minutos passaram e as horas também, chegou a uma certa altura que prometi fazer apenas mais meia dúzia de lançamentos e parar a pesca.
 Assim foi, mas a jornada não acabava ali, pois tinha em mente que por volta das 2h da manhã iria tentar a sorte novamente.


Cheguei à carrinha e fui tratar do reforço, umas lulas recheadas que aqueci e fizeram companhia a um pão mole com três dias que tinha “práli” um gajo tem de comer alguma coisa 😋


Como gosto de ser pontual às 2h da manhã lá foi o desgraçado (eu) novamente laredo abaixo a ver se entretanto tinha encostado por ali algum Robalo. Começou o ritual do joga e puxa, joga e puxa; não havia sinal de peixe mas estava a gostar, o mar trabalhava a jeito e estava a pescar bem apesar de algum limo que volta e meia se agarrava à amostra, sentia-me bem e até parecia que o ar da maresia me entrava pelas narinas e percorria-me o corpo da cabeça aos pés, há muito que não sentia esta sensação que só nós pescadores sabemos o que é…

Deviam ser para aí umas 4h da manhã e a maré já devia estar quase vazia, a certa altura pensava eu em sei lá o quê, quando sou surpreendido por aquele violento porradão que quase me arrancava a cana das mãos, instintivamente fiz uma ferragem forte e firme, desde o primeiro instante percebi que tinha lá um belo peixe comprido, era um peixe já pesadote e forte, o velhaco estava bruto mas fiz questão de lhe mostrar que quem mandava hoje era eu, sentia-me bem e até me estava nas tintas se perdesse este peixe, ele ainda me pediu linha mas eu não lha dei, a linha é minha e não te a dou pensei eu, a cana sempre dobrada portou-se à altura e aos poucos fui recuperando este Robalo que depois de algum tempo acabou por se render e veio rastejar até aos meus pés, já encalhado entre pedras meti-lhe o grip, levantei-o no ar e pensei em voz alta; eu sabia que isto hoje ia acabar assim (hahahahahah mentira; não sabia nada hahhahaha) só que estava tão relaxado neste dia que acho que sair dali com um bom peixe seria normal, como se saísse dali com um chibo também seria normal, deve ter sido do vinho hahhahahaha…

Por vezes a chave para o sucesso destas jornadas de pesca está na paciência e insistência que aliadas às boas condições do pesqueiro terminam com excelentes capturas, como foi o caso neste dia.

Agora já na Primavera é que estou a conseguir apanhar uns bons peixes, das três uma; ou estou com sorte, ou estou a ser recompensado por tanta dedicação ou então eles andem mesmo aí…


A seguir à perda de um grande exemplar este é o pior momento nas minhas jornadas de pesca por estas bandas, quando acordo para a realidade e tenho de voltar para casa, até dói  😐


Ainda houve tempo para retribuir à Mãe Natureza estes momentos tão bem passados, alguns minutos chegaram para fazer esta apanha.

Pessoal, por hoje é tudo, desejo uma boa Páscoa a todos aqueles que me estimam e me seguem e que perdem um pouco do vosso tempo para ler estas minhas histórias/aventuras 😉
Saúde da boa e força aí…

quarta-feira, 10 de abril de 2019

A Voz do Vento

“Surfcasting”
Boas pessoal!
Quando a meteorologia anuncia dias instáveis como foram os últimos, os pescadores que vivem na Costa Ocidental aproveitam para limpar e fazer manutenção do material, já os que vivem na Costa Sul, aqueles mais afoitos aproveitam para procurar um spot propício a sair uns peixes, nem sempre corre bem porque ele há zonas em que o mar é muito e outras em que o mar é pouco, tal como o vento anunciado que nem sempre bate certo com as previsões. Mas como em casa não se apanha nada o melhor mesmo é ter tudo preparado para arrancar a qualquer momento ou a qualquer hora do dia ou da noite.


O vento dizia-me para ir e ao mesmo tempo a chuva dizia-me para não sair de casa, como a chuva tinha ar de tímida resolvi dar ouvidos ao vento, estava um dia daqueles mesmo bom para passar a tarde a ver filmes de cowboys no youtube 😊 mas isso era opção que podia ficar para o dia seguinte que esse sim, ia estar mesmo de chuva…


Estava um dia lindo e quase perfeito se não fosse raio do vento, pois estava bastante forte e com umas rajadas fortíssimas, se repararem bem até tive de posicionar a cana a favor do vento para que não lhe pegasse tanto a modo de a fazer cair. No entanto, ele (o vento) era o responsável por esta instabilidade toda que se fazia sentir neste dia e que poderia proporcionar algumas capturas, isto é assim; não se pode ter tudo. Neste dia optei por pescar apenas com uma cana, pois a fé não era nenhuma e até me soube bem pescar assim, mais descontraído. Ainda choveu qualquer coisa mas nada de mais, por fim até apareceu o sol a dizer boa tarde.


Foi uma pesca feita em condições muito difíceis e desagradáveis derivado ao vento forte que se fez sentir ao longo de toda a jornada, foram saindo uns peixes e deu para entreter durante umas horas, o estranho neste dia é que não havia miudeza alguma, nesse aspecto foi um descanso.


Não regressei a casa de geleira cheia mas vim com a sensação de missão cumprida, ao menos não fiquei na dúvida se devia ter ido ou não e ainda trouxe uns pexecos para o almoço do dia seguinte.


Como diz o velho ditado, pássaro do mar em terra sinal de vendaval no mar, ou então cheirou-lhe a alguma coisa 😂


Nas marés boas gosto sempre de apanhar um mariscote aqui na Ria 😉


Quando sobra peixe de um dia para o outro faço uma tomatada com alho, cebola e coentros e deito a ferver por cima do peixe, espero dois ou três minutos e está pronto a dar ao dente, um gajo tem de comer alguma coisa 😋

Pessoal por hoje é tudo, divirtam-se na pesca com ou sem peixe e já sabem, nada de lixo nos pesqueiros nem nas praias…
Saúde e força aí.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Robalo Energético

“Spinning”
Boas pessoal!
Não sou moço de ficar à espera daquela informação (de que saiu peixe aqui ou ali), primeiro porque não gosto de fazer perguntas desse tipo a ninguém, depois não sei se são informações válidas e mesmo que o sejam, o peixe que os outros apanharam eu já não o vou apanhar e arrisco-me a ficar com as sobras (Ai só agora é que chegas!!! Atão agora comes as cascas como dizia o meu avô).


Os meus Robalos este ano têm saído onde e quando eu menos esperava, por vezes há que mudar de spots e é o que eu tenho feito.
Desci o laredo ainda com alguma luminosidade e constatei que as pedras foram “polvilhadas” com alguma areia nos últimos dias, a maré tinha pouca água e o vento dificultava bastante os lançamentos, para começar sabia que não ia ter uma tarefa nada fácil, o mar também tinha um toque mas volta e meia dava umas “chanadas” e deixava fazer uns lançamentos, depois de algumas tentativas com os jerks mudei para um vinil de 40g, lançava bem melhor mas foi sol de pouca dura, pois como eu já esperava e apesar de muita atenção e cuidado redobrado acabou por ser engolido pelas pedras, depois de fazer um novo terminal voltei aos jerks e os lançamentos com o vento de frente saíam curtos e numa média de cinco tentativas talvez apenas duas jogavam bem e chegavam onde eu queria.


Para começar fisguei um robalinho pouco maior do que a amostra (áh valente com esse tamanhito e essa determinação toda espero que um dia dês uma grande alegria a quem te mereça) peixinho devolvido e continuei no meu ritual de lançar aqui e ali sempre nas calmas.

A certa altura enquanto recuperava a amostra parou de repente e por momentos pensei que fosse o raio da mesma pedra que me tinha papado o vinil, mas não; quando dei por mim já o Robalo estava cravado na amostra e cabeceava para tentar libertar-se, senti que era um peixe já bonzinho, pelo menos dava-me essa ideia de que era um peixe maior do que os últimos que apanhei.

Depois do peixe cobrado e guardado no ceirão voltei à carga, aquela ansiedade de lançar novamente tomou conta de mim e só depois me lembrei (tão mas o que é que eu estou a fazer, já apanhei o cardume todo, agora chapéu)  😊
E foi mesmo isso, o tal cardume de um já estava todo no ceirão, como ainda era cedo e tinha tempo resolvi pescar mais uma horinha até a maré meter uma certa quota de água no pesqueiro e dar então por terminada esta jornada.


Bem, depois daquilo tudo estava na hora de confortar o estômago com uma comida quente e um copo de vinho, o prato do dia foi uma jardineira que me soube mesmo bem para acabar a pesca. Um gajo tem de comer alguma coisa 😉


Durante o dia houve tempo para passear e relaxar ao som de cotovias e trigueirões que habitam estes campos. Com ou sem peixe, momentos destes já me valem as idas à pesca…


Ainda houve tempo e vontade de fazer uma boa apanha do que os outros deixam espalhado por aí, o lixo não acaba, é como as pessoas ruins, cada vez há mais…

Bom, parece que temos por aí alguma chuva que bastante falta faz, mas palpita-me que aqui no sul a água seja pouca, no entanto toda ela é bem-vinda tanto para a terra como para o mar e mais vale tarde que nunca.
Saúde e força aí pessoal.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Trilema

“Surfcasting”
Boas pessoal!
Se há dias atrás andei com um dilema para me decidir o que fazer em relação à pesca, muito recentemente tive outra situação idêntica, tinha três hipóteses em cima da mesa para aquele dia, ou seja; estava perante um “Trilema” 😊 podia fazer surfcasting em duas zonas completamente distintas, ou fazia spinning em outro local, apetecia-me fazer surfcasting e ao mesmo tempo queria manter-me firme à ideia de não gastar dinheiro em isco nas lojas de pesca, então como tinha ali umas iscas velhas na arca, lembrei-me que podia gastar algum daquele isco, ou seja; pescava e não gastava “carcanhol” em isco, ainda por mais a fé também não era muita. Para além disso tinha em mente fazer uma visita relâmpago ao faval antes que fosse tarde de mais  😉 


Depois de escolher o spot que eu tinha visto uns dias antes, que até está bastante desareado mas com bom aspecto, fui descendo o aceiro ao final da tarde e logo me apercebi que tentar a sorte do lado direito do spot era o mesmo que caminhar para (E=Este) à procura do pôr-do-sol. Assim que cheguei lá em baixo montei as canas e estudei como aquilo estava para que assim que se fizesse noite ter noção de onde punha os pés.


Nas minhas últimas jornadas o nrº de capturas tem sido fraco, até um gajo começa a pensar “Mas onde é que andam os peixes, parece que receberam ordem de recolher obrigatório”. Penso que fazem falta umas boas chuvadas para levar águas novas cheias de nutrientes a purificar o mar a ver se isto melhora…

Foi preciso esperar umas horas até aparecer o único protagonista da jornada, nada de anormal, pois quase sempre o resultado é de apenas um ou dois exemplares.
Foi uma captura que nada de especial tem a contar, mas depois disso dei por mim a ter um pensamento de que quando me apercebi não gostei nada (Reclamava eu que ultimamente as capturas não passam da bitola de kilo e tal ou 2kg no máximo) e reclamava sem razão, pois se não apanhasse nada era bem pior, quantos pescadores queriam apanhar hoje um peixe destes e que seria certamente um recorde para muitos…



Bom mas depois da pesca e pela calada da noite quando me vim embora fiz uma paragem para apanhar umas favinhas para acompanhar com o peixe 😂
Por acaso depois até não foram para acompanhar este peixe, mas fizeram umas belas favas à Lobo hahahhahaha… Confesso que esta não foi ideia minha, quem me ensinou esta maneira de fazer/comer favas foi o amigo João Santana, é simples: fazem as favas normalmente e no final metem os ovos, como se fosse ervilhas com ovos, experimentem e vão ver, não se esqueçam daquele copo de vinho a acompanhar 😏 um gajo tem de comer alguma coisa hahahaha…


Gosto de me cruzar com estes cenários quando ando na pesca ou simplesmente a espreitar pesqueiros e a passear…




Este podia ser um cenário lindo à beira mar se não tivesse tão mal tratado por pescadores lúdicos, quem faz isto são pessoas sem qualquer afecto pelo mar, pela Natureza e pelo ambiente e gente desta para mim faz tanta falta como a fome…


Ainda consegui apanhar algum, não apanhei todo porque para isso teria de pôr em risco a minha integridade física.


Um dia destes o João Santana veio ao Algarve resolver uns assuntos e aproveitamos para meter a conversa em dia, petiscar no sítio do costume e mandar uns copos de vinho abaixo, um gajo tem de comer alguma coisa 😏


Pessoal por hoje é tudo, sejam conscientes na pesca, usem o mar mas não abusem dele.
Saúde e força aí…