sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Poucos mas bons

Boas pessoal!
Este foi um inico de temporada muito aquém do que eu tinha pensado, perdi alguns dias de pesca devido ao calor que se prolongou até demasiado tarde, segundo os entendidos no assunto foi o Outubro mais quente desde o ano de 1930.


As jornadas de surfcasting têm ficado para 2ºplano por vários motivos, entre eles destaco a relação qualidade/preço do isco vivo que se vende nas lojas de pesca actualmente (da minha parte cortei em cerca de 70% na aquisição de isco em lojas de pesca), depois a tudo isto junta-se a distância a que costumo pescar 90% das vezes que são mais de 100km de estrada (rua EN:125) para lá e outros tantos para cá, o que faz com que as jornadas sejam selecionadas e planeadas sempre pela “certa” e da maneira mais rentável possível. Alguns erros de cálculo também os cometi e perdi mais uns dias de pesca o que serviu para aprender mais qualquer coisa neste mundo sem fim que é a pesca…


O outono já lá vai e infelizmente está a ser um dos mais secos das últimas décadas, a seca está a tornar-se um autêntico flagelo a nível nacional e a chuva teima em não cair, pelo menos em quantidade que se veja, mas pouca gente se preocupa com tal situação e só se vão aperceber do problema no dia em que abrirem a torneira e não sair uma pinga de água.


Bom mas no que diz respeito à pesca, esta foi uma jornada de spinning e chumbica, como no spinning não tive qualquer captura restou-me aproveitar o dia seguinte a pescar aos sargos da falésia. Não foram muitos mas foram bons, três Sargos kileiros e outros tantos sem medida que foram prontamente devolvidos…


É incrível como é que uma miniatura destas se crava tão bem no anzol e os Robalos com vários kilos não ferram nas amostras ou “desensolam debaixo dos pés"


De manhã bem cedo já o som das gaivotas entoava junto à falésia.


Se querem comportar-se como animais façam como eles, não façam lixo.


Que tristeza


Ainda trouxe algum, mas isto é apenas uma migalha do que há espalhado naquelas falésias. Saúde da boa e força aí pessoal, já agora não deixem lixo nos pesqueiros e se trouxerem apenas uma peça de lixo que não seja vossa já é uma boa atitude.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Tiro no escuro, tiro certeiro

“Spinning”
Boas pessoal!
O mar esteve uns dias de feição e fui fazer um spinning a ver se me calhava alguma coisa.
Cheguei ao spot já de noite, fui mais tarde para evitar como sempre o trânsito da rua nºEN125, ia a caminho e a pensar qual seria o laredo em que iria apostar nesta noite, resolvi ir a um spot que não ia há muito tempo e que não sabia se já tinha desareado ou se ainda tinha alguma areia, seria um tiro no escuro
Os dias estavam quentes mas as noites já eram frescas, um gajo sai de casa à verão mas tem de levar uma muda de inverno porque de noite e de madrugada já faz uma boa rijeza e se o vento encana de Leste ou Nordeste até miam, que saudades que eu tinha destas noites frescas.

A abordagem ao pesqueiro como sempre fez-se com cautela e devagarinho pois à noite os cuidados têm de ser redobrados e lá em baixo um simples movimento em falso ao caminhar por cima das pedras húmidas ou molhadas pode tornar-se bastante perigoso se não formos cautelosos.


Em acção de pesca ao fim de meia hora tive o primeiro peixe e talvez uma meia hora depois tive o segundo, dois Robalos já bons que valiam a investida, mais tarde tive um terceiro ataque bom mas não ferrou, era a “maldição” dos mares a cumprimentar-me, pois quase sempre quando isso me acontece não tenho mais qualquer ataque, o que se veio a confirmar mais tarde.


Este é um pesqueiro com alguns caprichos e esta foi uma jornada produtiva em termos de conhecimento e conclusões para o futuro, pois com o passar dos anos vai-se gravando certos pormenores na memória que mais cedo ou mais tarde contribuíram para o sucesso de uma boa pescaria.


O amanhecer do dia seguinte revelou o que eu mais temia, dezenas de bóias junto à Costa denunciavam centenas de metros de redes e aparelhos alvorados, coisa que já faz parte daquela Costa quando o mar dá uma quebra de vários dias.


Depois de subir um laredo à noite e quando chego lá em cima, uma “sopa dos pobres” vem mesmo a calhar. (sopa dos pobres = sopa com uns bocados de pão para render mais)

 Nos últimos meses tenho vindo pouco para estas bandas como é normal no verão, então aproveitei a manhã seguinte para dar um “Olá” a algumas pessoas amigas que vivem na Vila e que eu vou conhecendo por aqui com o passar dos anos…


Corvos, o pássaro preto que representa o mal, há quem diga que representa o diabo, outros dizem que é o confidente das bruxas, seja lá o que for para mim tanto faz, eu gosto deles…


E quando se quer descansar de dia e as moscas não deixam, principalmente no Outono que elas andam alvoradas, lá se tem que improvisar uma rede mosquiteira.


Nunca gostei de usar o termo “grade” na pesca, pois prefiro o meu querido chibinho embora não tenha saudades nenhumas desse gajo, mas neste dia levei uma grade que alguém deixou no campo depois de ter feito um piquenique, infelizmente é assim…

Bom mas o verão parece que já lá vai e o mar começa a “serrar os dentes” como é normal nesta altura do ano, ele é que manda e resta-me esperar como ele me ensinou…
Pois a última palavra cabe sempre ao Mar Vicentino.
Saúde da boa e força aí pessoal.