sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Duro de Roer

“Spinning”
Boas pessoal!
Já fazia algum tempo que não publicava um relato de pesca, vamos lá ver se ainda sei escrever 😊
Esta não tem sido uma temporada nada fácil e nem produtiva, pelo menos para mim tem sido “duro de roer”, não tenho dado com aqueles peixes que tanto procuro, talvez andem esquivos ou talvez também por andar a explorar spots diferentes, mas que afinal não são assim tão bons como eu pensava, ou isto anda mesmo fraco ou então tenho de acender uma velinha à nossa Sra. Dos Robalos a ver se isto melhora cá para o meu lado 😊


Nas minhas idas à pesca há sempre muita coisa para absorver e saborear para além de apanhar peixe, momentos como este e tantos outros que envolvem a Natureza são alguns deles…


Como se já não bastassem os valentes chibos que tenho carregado também apanhei aí umas “rijezas” valentes que deixam qualquer um a bater mal e a pensar se vale mesmo a pena tanto sacrifício e sofrimento para sentir um peixe ao spinning, mas eu sou da opinião que para se ter mérito próprio na pesca é preciso muita dedicação e aguentar as condições atmosféricas que a Mãe Natureza nos oferece, neste dia até sabia bem estar perto da água gelada que apesar de fria estava mais quente do que o ar da serra que descia o laredo a baixo empurrado pelo vento, o pessoal cá em casa diz que sou maluco, será!!?…


Entre duas ou três perdas pouco significantes durante algumas jornadas, finalmente lá dei um pontapé no cu do chibo que me tem assombrado nos últimos tempos e já quase sem água no pesqueiro lá consegui tirar este robalote com pouco mais de kg num laredo que estava a meter alguma areia e que pelo menos deu para matar saudades do cheiro a peixe acabado de sair do mar…


Características do pesqueiro:
3h da manhã
Vento gelado
Temperatura negativa
Dedos congelados
Colchão ortopédico
Lençóis polares
Edredom de penas
Almofada anatómica
Chão aquecido
E só para acabar em beleza 60 m de falésia húmida e escorregadia para subir às escuras

Esta é a resposta para aqueles que ficam em casa num sofá confortável e quentinho perto da lareira ou do ar condicionado com a merda do tlm na mão a perguntar no facebook onde está a sair peixe…


Como já vem sendo hábito nos últimos Natais cá em casa um dos pratos favoritos é o Polvo no forno, este ano não foi excepção e cá está mais um que igualmente a anos anteriores foi me oferecido pelo meu grande Amigo João Santana, mais uma vez obrigado amigo 😉 para o ano que vem quero mais hahhahahha…  Um gajo tem de comer alguma coisa 😉 


Por aqui na Ria Formosa há sempre outros petiscos para entreter aqueles que se dão ao trabalho de procurar nas regueiras da maré vazia, belas ostras que por aqui a malta da terra lhes chama de carcanholas… Um gajo tem de comer alguma coisa  😉


E só para desenjoar do marisco vai uns camarões fritos com muito alho e piripiri…  Afinal um gajo tem de comer alguma coisa 😉


Um super predador super protegido que passeava neste dia junto à Costa, penso que fossem cerca de vinte a trinta indivíduos. E em relação a isto é melhor não dizer mais nada…


Por hoje é tudo pessoal, melhores dias virão e cá estarei para contar como foi, não deixem lixo nos pesqueiros e se puderem apanhem algum que encontrem por lá, não custa nada e todos juntos fazemos a diferença por mais pequena que ela seja.
Saúde e força aí…