sábado, 28 de dezembro de 2024

Spinning, Febre ou Doença

“Spinning”

Boas pessoal!

Estava uma noite daquelas mesmo boas para estar na lareira, mas como eu não tenho lareira olha que se lixe, vou para a pesca então, este vício de sentir peixe ao spinning dá para tudo, não sei se lhe chamo febre ou doença difícil de curar, ou então as duas coisas…

Quinze dias antes tinha apanhado uma maldita de uma constipação aqui e resolvi que era para lá que ela iria voltar, pensando: (apanhei-te lá e é lá que te vou deixar, constipação desgraçada, sua cabra) foi quase como um “catch and release” hehehe uma expressão com a qual eu não simpatizo mas que a malta moderna usa muito.

Bom mas tudo começou com um estudo pormenorizado do pesqueiro nessa tarde a fim de detectar se havia areias novas ou alguma mudança desde a minha ultima visita ao local.

Se queremos ter sucesso temos de escolher o local certo e a hora exacta que cada pesqueiro funciona, o que não é tarefa fácil, porque a juntar a isso tudo existem outros factores que têm de se alinhar na perfeição, ou pelo menos quase na perfeição, ainda hoje e passados quase 15 anos continuo a aprender e a fazer experiencias em spots que eu pensava que já os dominava no seu todo, cheguei à conclusão de que os hábitos dos Robalos também mudam de ano para ano e também têm as suas manias o que por vezes me deixam um pouco baralhado, vou tentando estar sempre atento aos seus hábitos para me manter no seu encalço, eu já os avisei que serei sempre a sombra deles 😉


A noite era minha e das estrelas que olhavam por mim, à hora que me parecia ideal fiz os primeiros lançamentos e em pouco tempo tive logo alguns ataques “(Ai estão cá hoje!!! Então sinto muito mas o sossego acabou- se meus meninos)”

Esta foi uma jornada daquelas em que o peixe mostrou muita actividade, no entanto eram peixes pequenos, assim por alto penso ter devolvido à volta de uma boa meia dúzia de robalotes e talvez outros tantos que não ferraram bem e se soltaram.

No final guardei apenas estes três que me pareceram ser os mais jeitosos e os restantes foram à vida deles, havia anos que não sentia a presença de tantos robalotes pequenos como tenho presenciado nos últimos meses, é um bom presságio, melhor ainda era subir a medida mínima para os 40 cm pelo menos e haver fiscalização apertada principalmente no verão e com maior incidência dentro das Rias…

Mais uma vez a Átila mostrou ser uma arma poderosa em pesqueiros de pouca profundidade e com pouco mar.

Material utilizado:

Cana: Hunthouse Puncture 2,73m

Carreto: 4500

Multi: 0,18

Amostra: Hunthouse (Átila)


Quando a pesca acabou foi a minha vez de dar ao dente também e aquecer uma lasanha que tinha levado de casa, um gajo também tem de comer alguma coisa, atão 😋

Ao passear de dia na maré vazia observei pequenas colonias de animais marinhos que lá habitam, sendo que alguns deles são o manjar que os Robalos tanto procuram, logo à partida é um bom indicador de que podem aparecer Robalos no pesqueiro…

Vejo a Natureza como uma grande aliada e uma grande inspiração nas minhas jornadas de pesca.

Voltando agora para dentro da Ria, a saga da Canilhas continua e estas foram apanhados num spot que até alguns Fuzileiros choravam à vinda para terra

Material de qualidade

Mas aqui na Ria para além de búzios e canilhas, também conheço uns buracos onde volta e meia lá saco uns bons polvos nas primeiras marés de lua quando me antecipo aos velhos, nestas coisas se um gajo quer ser bem-sucedido tem que se levantar ainda de noite da cama que isto deitado não se apanha nada e os velhos antecipam-se 😉

Hoje despeço-me com esta travessa de polvo à Lobo

Saúde e força aí pessoal.


 

4 comentários:

  1. Boa noite.
    É com enorme prazer que leio estas aventuras de pesca.
    Abraços .

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  2. Rei da canilha, tu estas mesmo forte nesse material, que bonitas e bem tratadas canilhas, belíssimas.
    Desta vez ainda aproveitas-te um trio de robalos, era os robalos a 40cm e sargos a 20cm, mas não são as choupas a 23cm que está correto :(

    Estas muito fino a comer lasanha na pesca, lembras-te da piza que eu fiz na praia da raposa? se fosse aqui ficavas sem ela, ahahahahah.

    Esse Polvo à Lobo esta mesmo a pedir um jarro de tinto:) e um pão torrado com manteiga, eu levava os percebes e estava um petisco de luxo.
    Parabéns por mais uma história das tuas, estas em grande forma amigo, um abraço.

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    Respostas
    1. Comé amigo João!
      Estas deram muito trabalho, primeiro saber dos hábitos delas, depois ir até lá, depois voltar e depois limpar as maganas que por acaso dão muito menos trabalho que os búzios...

      Isso é que era, e ainda as bailas a 30 cm...Mas eles é que sabem e eles é que são os bons, são bons é pa inventar leis de merda...

      Hehehe então não me lembro, ainda no outro dia contei isso ao Zé, agora já não levo banhadas na comida e nem no isco, se levar é nos peixes que volta e meia deixo na areia...

      Huiii isso é que era um petisco de comer e chorar por mais :))
      Obrigado amigo, um abraço e até breve ;)

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