“Spinning”
Boas
pessoal!
Poucos dias
se tinham passado da última investida na noite da passagem de ano e resolvi
fazer um novo ataque, como a coisa tinha corrido bem naquele laredo resolvi
voltar lá de novo a ver se tinha ficado por ali algum peixe comprido esquecido 😉
Há jornadas
de pesca que são fruto do próprio dia, mas ele há outras jornadas ou outras
capturas que são o resultado da experiência que se vai adquirindo ao longo dos
anos, principalmente no que diz respeito ao conhecimento do pesqueiro em si,
laredos como este com caneiros onde os Robalos se passeiam calmamente sem dar
nas vistas dos seus predadores (nós os humanos) e ao mesmo tempo passam
despercebidos das suas presas favoritas, esperando assim o momento certo para
caçar pequenos polvos, camarões, cabozes e até navalheiras, presas que por sua
vez tentam confundir o Robalo camuflando-se no seu meio envolvente.
Depois de
uma viagem de mais de 100 km cheguei ao spot no final do dia e dei uma olhadela
ao mar para ver como estava a sua cor e tamanho, recolhi-me então aos meus aposentos para
esticar e descansar o esqueleto que estava maçado de uma maré de búzios que
tinha feito nessa manhã bem cedo, rapidamente adormeci e umas horas mais tarde
acordei com uma foméca daquelas que só mesmo uma comida à homem consegue
atamancar, sai uma feijoada quentinha com pão torrado e um copo de vinho, um gajo também tem de comer alguma coisa atão 😆
Logo de
seguida uma cafezada com um Cardhu e uma melga prestes a aterrar na minha torta
que também foi na virada, ninguém a mandou fazer-se de convidada 😄
Já perto das 3h da manhã e com muito cuidado tal e qual na última vez fui descendo aquele buraco que fica lá para os lados dos confins do
mundo, desta vez o mar era menos o que me deixou logo de início mais
descansado, pois não iria ter aquelas escoas nem os rebolos a baterem-me nas
canelas.
Em acção de pesca não foi preciso esperar muito para uma
baila bem jeitosa jogar-se à minha amostra, peixe cá fora e mais meia dúzia de
lançamentos a sua irmã também comprou o bilhete de passagem do estado liquido
para terra firme. Falando eu comigo mesmo (olha a coisa até nem vai mal, hoje é
o dia das bailonas kileiras), pensava eu que era o dia das bailas pois não
apareceu mais nenhuma.
Estava na
hora dos Robalos marcarem presença também nesta jornada e sai um Robaleco já
bom, fiquei satisfeito pois já tinha três peixes jeitosos ao spinning o que nos
dias de hoje é bastante positivo, foi preciso esperar um bom bocado e fazer uma
série de lançamentos até conseguir convencer o segundo Robalo a abrir a boca,
este já maiorzinho do que o outro era um peixe energético e que me deu um gozo
tira-lo por entre aquelas pedras.
Posso dizer que nesta noite
o mar recebeu-me de braços abertos com quatro bons peixes, foi uma noite
dançando e saltando de pedra em pedra.
Material utilizado:
Cana: 3 m
Carreto: 4500
Multi: 0,18
Amostra: Átila da
Hunthouse
Já de manhã
cedo antes de abandonar o local aproveitei para beber um café quente naquela
manhã fria enquanto observava a beleza daquele sítio, sinto-me bem aqui, sou
viciado nestas paisagens, neste cheiro, neste clima, mas ao mesmo tempo sinto
alguma tristeza quando vejo que o turismo está a “estrangular” a verdadeira
essência e magia destes spots, a excessiva exploração de algo tão potencial
como lhe chamam será certamente a sua morte…
Liberdade
Mar
Búzios
Pessoal por
hoje é tudo, haja saúde e portem-se bem 😏
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