“Surfcasting”
Boas
pessoal!
Com a
chegada do frio, da chuva, dos dias pequenos e escuros, as noites grandes, o
tempo húmido, as pessoas parece que mirram e ficam deprimidas, pois comigo
acontece o inverso e parece que acordei do pesadelo para viver o sonho.
Depois de
tanto esperar lá estava eu no sítio onde sonhei estar nos últimos seis, oito,
dez meses sei lá, até perdi a conta, o que eu sei é que passo o ano à espera de
uma oportunidade em que vários factores se conjuguem e fiquem em sintonia para
poder viver uma noite num dos meus spots favoritos, uma noite desejada para mim
mas que para muitos seres humanos seria a pior noite das suas vidas, pois
trocar o conforto de suas casas nesta altura do ano com estas temperaturas não
é para meninos do papá…
Tudo
começava com um final de tarde bonito e tranquilo, embora a previsão fosse de
uma noite ventosa e complicada, mas isto da pesca não é como nós queremos e sim
como a mãe Natureza assim o quer.
Com as canas
montadas e tudo pronto eram horas de começar a pescar quando o sol tocava o mar
no horizonte, os primeiros sinais de peixe anunciavam-se aos primeiros
lançamentos, aparentemente tímidos e pequenos apenas serviam para gastar isco e
roubar a oportunidade de um peixe maior comer aquele pitéu que eu tinha levado
para eles…
Para abrir a
noite em grande comecei com um Robalote que media o tamanho de duas garrafinhas
de 1,5L… Sendo esta a minha primeira investida da temporada por estas bandas
até não era um mau começo, o pior mesmo foi o vento que começou a dizer que as
previsões estavam certas e começou a vir quase de frente com alguma intensidade,
a cada lançamento que fazia a mãe Natureza trabalhava para me dificultar a vida
e eu não podia fugir às circunstâncias, tinha de enfrentá-las e adaptar-me, foi
então que decidi alterar as montagens que estava a usar e também trocar as
chumbadas para ao menos tentar chegar ao peixe…
Acho que as
alterações sortiram efeito e lá foram saindo uns peixes de boa bitola para
guardar na saca, um pouco mais tarde um vento bastante irrequieto teimava
novamente em não me deixar arremessar a chumbada para lá da rebentação e tentar
alguma Dourada mais avantajada, no entanto os Sargos e as bailas entravam no
pesqueiro e entre alguns devolvidos guardei os que me pareceram melhorzinhos
para trazer comigo, entre eles destaco um Sargalhão de 1,5kg e outro de 1kg, ao
apanhar peixes desta qualidade ainda fiquei com mais vontade de devolver os
pequenotes para crescerem.
Mais tarde com
a actividade a baixar e já cansado decidi encerrar esta jornada e ir comer
alguma coisa antes de esticar o esqueleto…
Assim que
cheguei à carrinha a primeira coisa que fiz foi meter umas tostas de queijo a
fazer e abri um garrafinha de tinto (Sossego) que o meu amigo “Xalita” (Vasco
Correia) me tinha oferecido há uns tempos, que bem que me souberam aquelas
tostas à 1h da manhã com um tinto 😊 um gajo também tem de comer alguma
coisa, atão 😄
No dia
seguinte antes de voltar para a pasmaceira da cidade ainda tive tempo de juntar
algum lixo que alguém se esqueceu por ali, o sucesso da Natureza depende
daquilo que NÃO se faz para a estragar, lembrem-se sempre disso…
Aí um dia
fiz uma apanha direcionada a duas qualidades de marisco, coisa que é raro,
normalmente dedico a maré só a apanhar uma qualidade de marisco para “render”
mais…
Já deu para
o petisco 😉
E para
terminar umas belas amêijoas 😊
Por hoje é tudo meus amigos, haja saúde e força aí...
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