Spinning com Mar Rijo

“Spinning”

Boas pessoal!

Já faz uns dias que me aventurei numa ida à pesca correndo o risco de não conseguir pescar ao spinning, pois para além do vento moderado do quadrante errado o mar também tinha algum tamanho e demasiada força.

A escolha certa teria sido escolher o surfcasting ao invés do spinning, mas como eu costumo dizer, cada ida à pesca com ou sem peixe aprende-se sempre qualquer coisa, seja ela positiva ou negativa…

Arranquei a seguir ao almoço com a intenção de fazer o anoitecer, mas tal coisa não aconteceu, pois o forte mar que se apresentava não me convidou a descer o laredo e eu não gosto de ir a onde não sou convidado…

Aproveitei para percorrer o cimo da falésia e espreitar mais dois laredos que são vizinhos, escolhi o que me agradou mais para meter em prática o plano B que seria fazer o aceio da manhã no dia seguinte…

Assim que se fez noite aqueci uma comida que tinha levado de casa e acompanhei com um copo de vinho é claro, um gajo também tem de comer alguma coisa, atão!! 😋

Eram horas de descansar porque a alvorada era às 5:30, é importante descansar nestas jornadas para ter energia no dia seguinte quando o acesso ao pesqueiro é algo exigente, acreditem se quiserem mas eu aqui no "território Lobo" durmo melhor do que em casa, é como se uma força maior me convidasse a passar estas noites no silêncio da escuridão onde os únicos ruídos são provocados pela Natureza…

Quando o despertador tocou às 5:30 estava tão ferrado que quase não conseguia abandonar o saco cama, tive de recorrer ao velho truque do CD mágico para activar a circulação e num instante estava lá fora, bebi um cafezinho quente para aquecer o motor com umas bolachas e lá vai ele por ali abaixo com muito cuidado, o mar soava forte no meio da escuridão e já sabia que tinha trabalho duro pela frente, neste dia tive de optar por material mais hardcore para conseguir pescar e os jerkbaits que habitualmente utilizo foram substituídos por zagaias de 40/50g, não é o meu estilo de pesca preferido mas às vezes é preciso recorrer ao material de guerra se quiser pescar nestas condições.

Foi com alguma claridade já que tirei estes dois robalotes com um intervalo de quatro ou cinco lançamentos, foram os protagonistas desta jornada que dei por terminada depois de ter perdido a zagaia que estava a usar nas pedras e achei que já não valia a pena montar tudo de novo, um aspecto curioso é que neste spot tenho cravado sempre os Robalos no mesmo sítio.

Entretanto faziam-se horas de dar à perna por ali acima, não foi uma pesca de sonho mas ao menos senti peixe e levava comigo dois robalotes porreiros, para além disso estava no meio da Natureza, enquanto naquele momento algures (kms) nas minhas costas havia todo um mundo de gente na azáfama do trânsito para ir trabalhar, levar os filhos à escola, etc, etc…

Material utilizado:

Cana: 3,30m

Carreto: 4500

Multi: 0,20

Amostra: zagaia

Antes de subir ainda dei uso a um saco furado que tinha no ceirão

Havia muito tempo que não ia a este laredo, houve pequenas derrocadas e muitas pedras no aceiro, o acesso mais parecia uma trincheira da 2º Guerra mundial

Agora sim com a pesca feita já tive tempo para tomar um pequeno-almoço mais à vontade

Uma das coisas que mais gosto nesta altura do ano nas minhas idas à pesca é o canto dos pássaros, principalmente os piscos e os melros ao final do dia e ao amanhecer como que marcando território.

Saúde e força aí pessoal…