“Spinning”
Boas
pessoal!
Passada a
época das festas em que fiz uma pausa na pesca lá decidi voltar ao activo, a 2ª
quinzena de Dezembro aqui no Sul é parecida ao mês de Agosto, gente por todo
lado onde se vai, seja à pesca ou a passear à beira mar, a diferença é que não
está aquele calor infernal do verão e como eu não gosto de enchentes e
confusões parei por uns dias, mas a pensar em retomar no inicio do ano sempre
que o mar o permita ou faça uma feição aceitável em algum spot que seja meu
favorito.
Assim sendo
comecei a seguir umas previsões que apesar de um pouco fortes poderiam deixar
pescar numa zona onde tenho safado uns pexecos esta temporada, com tudo afinado
rumei ao local escolhido para fazer a 1ª investida do ano.
Ao final do
dia andei por lá a espreitar e encontrei umas poças com bastante vida nova e
achei que seria interessante se investisse ali, pelo menos ia pescar com
entusiasmo, o que para mim é muito importante, o spot ficava pertinho de onde já
tinha tirado uns pexecos há umas semanas atrás.

Voltei à
carrinha para comer uma bucha e quando dei por mim a noite já reinava e mal
conseguia ver onde tinha o meu ceirão, como se não bastasse a escuridão
ainda tinha o nevoeiro serrado, bem mas estava na hora de actuar, porque isto
de estar por ali sentado numa pedra só a pensar no que posso fazer não me leva
a lado nenhum, até me fez lembrar os gajos da alta sociedade que ficam à espera
que alguém lhes façam as coisas… Aqui não há disso e vamos embora que há muita
pedra para partir esta noite, só não tinha decidido ainda para que lado dava
inicio à jornada, mas ir para a esquerda ou para a direita era o mesmo que
trocar seis por meia dúzia.
Então comecei
por fazer uns lançamentos pelo lado direito sempre com atenção onde metia os
pés porque isto de pescar nestes spots um passo em falso e as coisas podem
acabar mal, ou muito mal mesmo se levarmos em consideração que estou sozinho
num sítio de difícil acesso que ninguém sabe e sem rede no telemóvel.
O mar
apresentava-se forte, mais forte do que eu esperava, mas não me restava
alternativa a não ser arriscar ali mesmo, depois de alguns lançamentos e trocas
de amostras, algumas paragens pelo meio também, eis que fui contemplado por um
ataque de um Robalo, com a ajuda do mar que naquele momento me ofereceu um
valente set e quando dei por mim o peixe estava em seco, guardei-o na saca e
satisfeito voltei aos lançamentos palmilhando por ali afora caminhando por cima
das pedras, grande parte dos lançamentos saiam gorados pela força do mar que me
cuspia a amostra cá para fora sem a conseguir sentir a trabalhar, quando menos
esperava tinha outro peixe porreiro a bater e encalhei-o ali numas pedras, foi
fazer companhia ao outro para dentro da saca, pelo menos não estavam sozinhos, satisfeito
por já ter dois peixes porreiros a salvo continuei para lá e para cá até que
ferrei outro que pelo bater lembrei-me logo que fosse uma baila e era mesmo,
espécie sempre bastante energética quando é capturada ao spinning. Com três
peixes guardados para trazer já estava satisfeito e a pesca para mim estava
feita mas como ainda tinha água para pescar mais 1h e não tinha pressa aproveitei,
tento rentabilizar as minhas jornadas sempre ao máximo para compensar as
centenas de kms que faço e o gasóleo que gasto para ir à pesca, ainda por mais
nunca sei quantas semanas vou ficar sem poder pescar por estas bandas porque o
mar nesta altura do ano é o que todos nós sabemos.
Levei outra mocada e tinha mais um peixe
energético a debater-se na outra ponta da linha mas foi sol de pouca dura e
soltou-se, penso que fosse outra baila, fiquei com pena mas isto da pesca é
mesmo assim, perder peixe faz parte e por isso “vamos em frente porque atrás vem
gente” mais uns lançamentos e a amostra começou a bater demasiadas vezes nas
pedras até que decidi dar por encerrada esta jornada.

Depois do
peixe lavado e arrumado na geleira era tempo de picar qualquer coisa antes de
me amalhar um bocado para descansar um par de horas, um gajo para além de
apanhar pexe também tem de comer alguma coisa atão!!!
Eu saio do
Mar, mas o Mar nunca sai de mim
Adoro dias
assim

Em certas
zonas a pesca para mim é sempre em modo de passeio
Ainda houve
tempo para deixar o spot um pouco mais limpo antes de vir embora
Uma ida à
maré para fazer o Xarém
Uma ida à
maré para fazer um arroz
Só para
desenjoar dos berbigões e dos lingueirões
Em vésperas
de Natal juntei-me com o João Santana para o jantar da malta rija (na rua)
ainda apanhamos ali uma caixa de sargos e só não veio um robalo também porque o
bandido fugiu hahahaha…
Pessoal por
hoje é tudo, muita saúde força aí…