terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Robalões do Sul

“Spinning”

Boas pessoal do vício 😊

Não tem sido fácil programar uma jornada nos últimos dias, se no surfcasting poderá ser uma seca já no spinning pode ser ingrato, os mares fortes e períodos elevados fazem com que qualquer investida seja uma perda de tempo, ou não!!!...

Neste dia apesar de todos os contras e alguns factores positivos claro e se assim não fosse nem valia a pena lá ir, apesar de tudo pisei o pesqueiro com o pé direito e prometi (que hoje não lhes vou facilitar a vida) custe o que custar, mas era preciso que eles andassem por lá nem que fosse de passagem, meti na cabeça que ia lutar até ao último minuto, até ao último momento, até ao último instante, até ao último lançamento e até ao último segundo do meu timing previsto…

Lindos lençóis de espuma branca deixaram-me motivado para investir cada lançamento ao máximo e ao mesmo tempo manter-me concentrado naquilo que estava a fazer…

Comecei esta jornada ao final do dia e à medida que a luminosidade diminuía tentava adaptar a cor das amostras bem como o seu trabalhar naquele pesqueiro, melhor dizendo tentava procurar qual a amostra que se adaptava melhor àquele cenário de pesca e precisava de lançar longe para ser bem-sucedido.

Levava já 2h de lançamentos pelo menos e quando começo a desenhar o resultado na minha mente eis que de repente levo uma mocada brutal que quase me arrancava a cana das mãos, um calor repentino pousou sobre mim, mas mais do que nunca era hora de manter o sangue frio e a cabeça no lugar para não cometer nenhum erro que me fizesse perder aquele peixe que eu logo vi que não estava para brincadeiras, obrigou-me a abrir um pouco o drag e logo eu que não sou muito dessas coisas, pois não gosto de zzzzzzzz “abelhas” zzzzzzz a zunir aos meus ouvidos não é comigo, mas desta vez teve de ser porque o velhaco estava bruto (agora um aparte e em relação a alguns vídeos de spinning que volta e meia vejo no youtube, ainda gostava de saber o porquê do pessoal recuperar desalmadamente ou pelo menos tentar recuperar metros de linha com o drag praticamente aberto quando aquilo não está a puxar nada, é o mesmo que pedalar numa bicicleta estática que não saem do mesmo sítio, pensem bem nisso; foram muito poucos os Robalos abaixo dos 4kg que me obrigaram a dar linha, o material tem de estar sempre ao mais alto nível de maneira a que possa confiar nele quando ferro um peixe bom…

Bom mas adiante; trabalhei o velhaco ao pormenor e com muito jeitinho e depois de alguns minutos e muitas batidas do coração estava em seco, que excitação ver um peixe destes ali a sucumbir aos meus pés, guardei-o na saca e voltei à carga com o sentimento de missão cumprida e quando pensava eu que o resultado estava feito, estava redondamente enganado, pois afinal ainda havia uma batalha a travar e eis que levo uma mocada daquelas mesmo hardcore e começou uma nova luta, ainda eu não me tinha recomposto do primeiro e já tinha outro a pedir-me linha, a mesma linha que o outro me pedira minutos antes e se momentos atrás a ideia de apanhar apenas um já estava fora da mesa, dois então ainda menos me passava pela cabeça, este ainda mais bruto do que o primeiro obrigou-me a ceder alguns metros de linha e eu só pensava (sossega coração que isto hoje está ao rubro, vamos aproveitar antes que o tal cardume de um apareça um dia destes) 😄este não foi o maior Robalo que apanhei até hoje mas posso dizer que foi o que me deu mais trabalho até hoje dos que consegui capturar, pois os que perdi não contam e há uns anitos tive um mais bruto do que este mas esse venceu-me e foi à sua vida, esse deixou-me com o sapo entravacado no garganil e ficou a promessa da minha parte de que um dia ainda o vou encontrar para um 2º round 😉... voltando a este que está aqui em baixo foi o que demorou mais tempo a sair da água e foi dos poucos que me deixou aquela dorzinha no braço que poucos conhecem, bom mas avante; estava a ser uma noite de sonho e eu com a pesca mais que feita com dois Robalões de calibre mas decidi fazer mais uns lançamentos e foi logo ali de seguida que levo outra porrada brutal que por alguns segundos manteve a cana dobrada com duas investidas “minha nossa Sra.” e à terceira foi o adeus, devia ser irmão destes dois, pois neste dia parece que só os grandes é que andavam por lá como se tivessem marcado um encontro, teria sido bom demais em todos os apsectos trazer três peixes destes comigo, no entanto e apesar desta perda senti-me um privilegiado em ter trazido dois velhacos destes comigo e de ter usufruído de tais momentos, aproveitar enquanto deixam porque os gajos que fazem as leis sonham de noite para inventar de dia...

Parece que naquele dia os astros estavam alinhados e eu estava no centro dos mesmos, pois tudo fluía maravilhosamente bem, acho que está na altura de separar o trigo do joio…

Material utilizado:

Cana: 3 m

Carreto: 4500

Multi: 0,18

Amostra: Ariel Killer (Masato)

Bom pessoal agora vamos à parte do marisco

Canilhas

Búzios

Canilhas

E agora para aconchegar o estômago, umas ameijoinhas e uns berbigões com meio pão e uma garrafinha de vinho, um gajo também tem de comer alguma coisa, atão!!! 😊

Haja saúde e força aí pessoal…


 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Até ao último minuto

“Spinning”

Boas pessoal!

Há dias em que o mar pede surfcasting e me apetece fazer spinning, outros há em que o mar pede spinning e estou numa de fazer surfcasting, mas neste dia não, neste dia estava tudo em sintonia o que fez com que fosse uma jornada de muita “prazeria” na vertente de spinning…

No dia antes acabara de fazer uma boa pesca ao surfcasting onde consegui juntar uma bonita mista de peixe, mas mesmo ainda cansado não podia deixar passar a oportunidade de sentir uns peixes a corricar, no spinning o contacto com o mar é maior e mais intenso, acabo por percorrer uma vasta zona com vista diferente, é quase como que um passeio pela praia ou pelo spot, já no surfcasting sem querer acabo por ficar ali mais junto das canas por vários motivos óbvios, por vezes sinto-me prisioneiro das canas, se estiver a dar peixe tudo bem pois adoro pescar com isco e pode sair peixe mais variado, já se a actividade for fraca torna-se uma pesca um pouco secante…

À medida que as águas vão ganhando novas cores ao longo do ano devido muitas vezes à sua temperatura tem de haver uma pequena adaptação por parte do pescador de spinning, pois certas amostras que funcionam bem na Primavera e no Verão os peixes não lhe passam cartão no Outono ou Inverno, ele há outras que são um todo terreno e essas tornam-se mais fáceis de usar…

Neste dia que “só tinha 24h” decidi fazer horas extras, pois não estava fácil de dar com o peixe mas mesmo assim estava a curtir andar por ali, pescar desta forma requer determinação, teimosia e resiliência, se me tivesse dado por vencido nas primeiras horas de pesca tinha vindo de mãos a abanar para casa, pois foi uma pesca feita já no último minuto…

Chegava o último minuto da minha hora limite, aquele que supostamente seria o último lançamento e quando a amostra vem quase a chegar bem perto de mim prendo um robalo sem estar nada à espera claro, peixe jeitosinho e bastante energético ao qual eu não perdi muito tempo com ele e rapidamente o meti cá fora, pensando eu que seria um peixe de sorte e solitário, no entanto por descargo de consciência decidi  fazer mais cinco lançamentos e foi ao quarto lance que ferrei outro robalo da mesma bitola, desta vez mais longe e zuca cá para fora, guardei-o junto do outro e lanço novamente e começo a falar comigo mesmo, conversa de maluco onde o único que falava era eu claro, fazia as perguntas e dava as respostas e nisto toma outra vez peixe na ponta da linha, desta vez não era robalo mas sim a sua prima mais próxima, uma baila já kileira e irrequieta como é habitual desta espécie, juntei os três num cordão como fazia antigamente e voltei a fazer mais uns lançamentos, penso que tive dois ataques ou ferragens falhadas chamem-lhes como quiserem e pouco depois novo robalo preso a debater-se do outro lado e zuca cá para fora, depois disso seguiram-se talvez mais uns vinte lançamentos em várias zonas e sem sinal de mais nenhum peixe decidi então dar por terminada esta jornada que até acabou bem, para quem já ouvia o chibinho a berrar atrás das costas posso dizer que acabei com um saldo bastante positivo…

Material utilizado:

Cana: 3m

Carreto: 4500

Multi: 0,18

Amostra: Ariel Killer (Masato)

Olha aí pessoal estas belas ameijoas que apanhei um dia destes

Búzios de qualidade

Lindos

E ainda abri uns lingueirões na chapa para beber duas minis, um gajo também tem de comer alguma coisa, atão!!! 😊

Haja saúde e força aí pessoal…


 

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Finalmente o Frio

“Surfcasting”

Boas pessoal!

Com a chegada do frio, da chuva, dos dias pequenos e escuros, as noites grandes, o tempo húmido, as pessoas parece que mirram e ficam deprimidas, pois comigo acontece o inverso e parece que acordei do pesadelo para viver o sonho.

Depois de tanto esperar lá estava eu no sítio onde sonhei estar nos últimos seis, oito, dez meses sei lá, até perdi a conta, o que eu sei é que passo o ano à espera de uma oportunidade em que vários factores se conjuguem e fiquem em sintonia para poder viver uma noite num dos meus spots favoritos, uma noite desejada para mim mas que para muitos seres humanos seria a pior noite das suas vidas, pois trocar o conforto de suas casas nesta altura do ano com estas temperaturas não é para meninos do papá…

Tudo começava com um final de tarde bonito e tranquilo, embora a previsão fosse de uma noite ventosa e complicada, mas isto da pesca não é como nós queremos e sim como a mãe Natureza assim o quer.

Com as canas montadas e tudo pronto eram horas de começar a pescar quando o sol tocava o mar no horizonte, os primeiros sinais de peixe anunciavam-se aos primeiros lançamentos, aparentemente tímidos e pequenos apenas serviam para gastar isco e roubar a oportunidade de um peixe maior comer aquele pitéu que eu tinha levado para eles…

Para abrir a noite em grande comecei com um Robalote que media o tamanho de duas garrafinhas de 1,5L… Sendo esta a minha primeira investida da temporada por estas bandas até não era um mau começo, o pior mesmo foi o vento que começou a dizer que as previsões estavam certas e começou a vir quase de frente com alguma intensidade, a cada lançamento que fazia a mãe Natureza trabalhava para me dificultar a vida e eu não podia fugir às circunstâncias, tinha de enfrentá-las e adaptar-me, foi então que decidi alterar as montagens que estava a usar e também trocar as chumbadas para ao menos tentar chegar ao peixe…

Acho que as alterações sortiram efeito e lá foram saindo uns peixes de boa bitola para guardar na saca, um pouco mais tarde um vento bastante irrequieto teimava novamente em não me deixar arremessar a chumbada para lá da rebentação e tentar alguma Dourada mais avantajada, no entanto os Sargos e as bailas entravam no pesqueiro e entre alguns devolvidos guardei os que me pareceram melhorzinhos para trazer comigo, entre eles destaco um Sargalhão de 1,5kg e outro de 1kg, ao apanhar peixes desta qualidade ainda fiquei com mais vontade de devolver os pequenotes para crescerem.

Mais tarde com a actividade a baixar e já cansado decidi encerrar esta jornada e ir comer alguma coisa antes de esticar o esqueleto…

Assim que cheguei à carrinha a primeira coisa que fiz foi meter umas tostas de queijo a fazer e abri um garrafinha de tinto (Sossego) que o meu amigo “Xalita” (Vasco Correia) me tinha oferecido há uns tempos, que bem que me souberam aquelas tostas à 1h da manhã com um tinto 😊 um gajo também tem de comer alguma coisa, atão 😄

No dia seguinte antes de voltar para a pasmaceira da cidade ainda tive tempo de juntar algum lixo que alguém se esqueceu por ali, o sucesso da Natureza depende daquilo que NÃO se faz para a estragar, lembrem-se sempre disso…

Aí um dia fiz uma apanha direcionada a duas qualidades de marisco, coisa que é raro, normalmente dedico a maré só a apanhar uma qualidade de marisco para “render” mais…

Já deu para o petisco 😉

E para terminar umas belas amêijoas 😊

Por hoje é tudo meus amigos, haja saúde e força aí...


 

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Adeus Cláudia

“Surfcasting”

Boas pessoal!

Na última pesca que tinha feito fui tão bem recebido pela “D.Cláudia” que achei que era uma falta de respeito não me despedir da Sra. 😄

Então decidi programar uma jornada de surfcasting para a despedida, achei que fosse a melhor escolha uma vez que o mar ainda tinha alguma força assim como o vento.

Um novo dia, uma nova oportunidade, na pesca é assim que as coisas acontecem.

Às 4:30 da manhã toca o despertador e estava na hora de levantar, com poucas horas de sono não foi tarefa fácil, mas na cama não se apanha nada, fiz um pequeno-almoço com bastante café e mais algum para levar.

Esta foi uma tempestade intensa e que fez inúmeros estragos como todos tiveram oportunidade de ver nas notícias, por aqui no sul do sul o Mar de sudoeste e o vento do mesmo quadrante castigaram as praias durante vários dias, por sorte de muitos as marés eram mortas porque se fossem marés vivas os estragos tinham sido bem piores na orla costeira.

Cheguei à praia ainda de noite e toca a montar as canas sempre com receio de que o limo me agourasse a pesca, depois de tanto sacrifício e alguma despesa é uma frustração imensa quando isso acontece, quando o dia começou a clarear dei-me de caras com um mar que me encheu de alegria por dentro e percebi que podia apanhar uns Sargos que eram o meu objectivo nesta jornada.

Depois de verificar a existência de algum limo, mas que até deixava pescar fiquei mais tranquilo, tinha uma mão cheia de ingredientes de boa qualidade, agora só me restava esperar para ver o que saía dali.

O peixe logo cedo deu de sinal e iam saindo alguns a conta-gotas, mas havia muito peixe miúdo que quase não davam hipótese de um sargo maior chegar perto do isco, foi dos dias que mais peixe miúdo devolvi ao mar, desde sarguetes, safatinhas (douradinhas) e mucharras.

Foi uma pesca sem parar, acho que não me sentei uma única vez, no final ainda consegui enfeitar a geleira com oito Sargos porreiros (dois deles kileiros), mas podia ter sido bem melhor se o peixe miúdo não andasse por lá, já sem isco e o vento forte a marcar o final desta jornada de surfcasting eram horas de desmontar o material e rumar a casa.

Na outra semana fiz uma maré de búzios que foi um luxo

Belos Búzios

Para desenjoar dos búzios aqui vai umas ameijoas que não é para qualquer um 😉

Um dia que fui apanhar búzios passei num regato que estava cravado de lingueirão, antes que alguém desse com eles no dia seguinte fui logo apanhá-los 😉

E como um gajo tem de comer alguma coisa deixo aqui uns lingueirões abertos na chapa e regados com limão, com umas torradas e umas cervejas está a maré feita 😉
Por hoje é tudo, entretanto já tenho mais qualquer coisa para postar mas isso fica para a semana que vem 😉
Saúde e força aí pessoal...

 

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Olá Cláudia

“Spinning”

Boas pessoal!

Desta vez a escolha caiu sobre a vertente de spinning, com algumas opções em cima da mesa a decisão não foi fácil, surgem sempre as tais dúvidas que me deixam indeciso e com receio de fazer a escolha errada, no entanto neste dia o mais importante era pescar e dar as boas-vindas à “Cláudia” 

As condições eram boas para tentar uns Robalos, embora o vento fosse um factor a ter em conta porque era de frente e prejudicava um pouco os lançamentos. Tal como na minha primeira ida ao surfcasting também neste dia e como era a primeira investida da temporada ao spinning lá tive de batizar a cana que levei comigo com a tal mijinha da sorte para afastar as bruxas e os invejosos, comigo há certos rituais que não podem falhar 😊

Neste momento já a depressão “Cláudia” se apresentava no horizonte e mesmo estando ainda longe pareceu-me que não trazia cara de bons amigos.

Decidi explorar insistentemente zonas baixas mas também alguns fundões e respectivas coroas de areia que normalmente por ali se formam, o mar e o tempo até tinham jeito e a tranquilidade naquele momento não revelava em nada o que estava para vir.

Foram muitos e muitos lançamentos que se seguiram uns atrás dos outros, com algumas amostras diferentes a irem a banhos e tentar perceber qual o tipo de amostra que se adaptava melhor à situação. Acreditem que neste dia o mais importante era somente lançar e sentir as amostras a trabalhar e a nadar por entre aquelas ondinhas, as saudades que eu já tinha de fazer este tipo de pesca eram tantas que nem me importava se ia sentir peixe ou não. Mas a certa altura e num momento tranquilo em que recuperava a Leika Killer levei uma porrada tão forte que eu já quase não me lembrava como era ferrar um peixe ao spinning, de seguida houve umas tentativas de arranque por parte do velhaco mas eu disse logo (Alto e para o baile que quem manda aqui hoje sou eu) que cena brutal voltar a sentir um peixe destes cheio de energia e vitalidade, entretanto o tempo contava as batidas do coração naquele momento de ansiedade e aos poucos o velhaco foi diminuindo a sua força inicial e começou a perder a batalha aqui para o Lobo e sem se aperceber uma onda acabou por trazer aquele lindo Robalo comprido e esguio até juntos dos meus pés.

Para começar este ano na vertente de spinning foi uma estreia bastante positiva e a D.Cláudia não me deixou ficar mal 😊

Material utilizado:

Cana: 3m

Carreto: 4000

Multi: 0,18

Amostra: Leika Killer (Masato)

Ferrar um peixe de tamanho considerável nesta modalidade transmite uma sensação única e quase indescritível que outras pessoas fora deste mundo do spinning nunca irão sentir ou viver durante toda a sua existência.

Fiz uma pausa de cinco minutos para abastecer, batata-doce com canela 😊

Uma maré de búzios e canilhas que até nem correu mal de todo 😉

Material de qualidade

Um dia destes o amigo João Santana veio cá abaixo ao sul do sul e convidou-me para ir comer uma Big-tosta ao que eu lhe respondi logo que sim, até porque um gajo também tem de comer alguma coisa atão 😉claro que aproveitamos para falar de pesca e marisco como sempre😊

Agora é esperar que a “Cláudia” se vá embora, pois contra a Natureza não se pode lutar, apenas nos podemos proteger e defender.

Haja saúde e força aí pessoal.


 

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

ON

“Surfcasting”

Boas pessoal!

Espero que se encontrem todos bem, ou pelo menos dentro dos possíveis, falo assim porque eu sei que há sempre qualquer coisa que nos incomoda, faz parte da vida.

Depois da minha habitual longa ausência na altura mais quente do ano estou agora de volta para tentar fazer umas jornadas de pesca e partilhar aqui algumas delas, pelo menos aquelas que se justifiquem pelo resultado positivo. O tempo quente e ameno teima em não abandonar o sul do sul mas a mudança de hora acompanhada também pela mudança de tempo inspiram e convidam-me a programar umas idas ao Mar a fim de tentar a sorte. No entanto penso que será uma temporada curta, para além de já começar tarde nunca se sabe o que poderá acontecer, desde um Inverno demasiado rijo ou demasiado macio até a uma possível mudança na legislação entre outras tantas coisas, tudo pode acontecer e fracassar a temporada, mas cá estaremos para ver no que dá…

Então um dia destes houve uma mudança de tempo que originou boas condições para se tentar uns peixes, achei que podia programar a primeira jornada da época e assim foi, optei pelo surfcasting porque era o que o mar pedia.

Tudo começou com a arrumação do material à hora de almoço e depois a viagem até à praia escolhida, o objectivo era fazer o final do dia e umas horas noite dentro.

Depois das duas canas montadas com suas respectivas montagens e algumas (quase duvidas) de como se faziam os nós 😄 estava na hora de começar a apalpar o terreno e ver o que se passava por ali, mas antes faltava o ritual de abertura da época, mijar em cima das canas para afastar as bruxas e dar sorte para ter uma temporada recheada de bons peixes e escamas grandes 😉

O limo neste dia era pouco, acho que tive sorte porque depois vim a saber que no dia antes havia erva que era por demais.
Os peixes foram saindo a conta gotas, marcaram presença os Sargos e as Bailas, os mais pequenos iam sendo devolvidos e os de boa bitola guardados na geleira.

No final ainda consegui enfeitar a palete que me serviu de poiso com meia dúzia de seis peixes de 1,5L e diverti-me à maneira, depois de tantos meses sem tocar no material soube-me pela vida sentir aquela maresia nocturna. 😊

Tenho feito umas marés de búzios e canilhas aqui na Ria, é um marisco que me dá um vício enorme apanhar quando dou com eles a sério.

Canilhas de luxo.

Búzios de luxo.

Depois de limpos até cheiram a mar.

E para terminar enquanto o arroz de coentros apurava, sim porque um gajo também tem de comer alguma coisa, atão 😊

 Já tinha saudades de partilhar qualquer coisa do género aqui no blogue, embora saiba que o melhor da vida não é o que é partilhado mas sim o que é vivido.

Saúde da boa e força aí pessoal.